A CONSTRUÇÃO SOCIOCULTURAL DA IDENTIDADE DA PROSTITUTA

Autores

  • Bruna Werle de Oliveira

Resumo

Muito se fala sobre a prostituição ser a profi ssão mais antiga da mulher. Seu início pode ser relatado a partir da mitologia, sendo a mulher a condutora dos rituais sagrados, em que doavam seus corpos aos prazeres do sexo em adoração aos deuses. A visão patriarcal de dominação e controle do prazer sexual da mulher tomou a sociedade de preconceitos. O mercado da prostituição, na contemporaneidade, ainda não ganhou status de profi ssão, e recebe o tratamento estereotipado de ser uma prática imoral e pouco digna de merecimento e reconhecimento. Na mídia, o material apresentado sobre o tema ainda reforça a ideia do submundo em que a prostituta vive e deve continuar vivendo, uma vez que ela está ali por não conseguir seguir as regras de boa conduta imposta pelos padrões de vida da sociedade atual. Dessa forma, o julgamento da venda do sexo ainda é passado de geração a geração. O pensamento de liberdade e igualdade é limitado, e acaba quando ser “fi lho de uma puta” é tido ainda como um palavrão. A própria palavra “puta” soa como ofensa, e troca-se o termo por profi ssionais do sexo ou prostituta.

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Comunicação Oral